Hoje é feriado, e como parte do regresso à "normalidade" volta também o privilégio de trabalhar nos feriados.
Ahahaha estou a ser irónica, claro está!
Esta semana foi a minha vez de regressar ao escritório, por ter a minha doença auto-imune de estimação... até agora estive reservada em casa. No entanto, esta semana, vários colegas iam estar ausentes do trabalho e por isso a je teve que voltar à rotina do escritório e não de trabalhar de casa.
Isto do voltar à "normalidade" tem muito que se diga.
Acho mesmo que para muitas pessoas isso nunca vai acontecer porque nada vai ser como era antes. Incluindo eu.
Para outras pessoas, bem, acho que já se esqueceram do que foi o inferno de estar preso(a) em casa e já se borrifaram para isso.
Ainda ontem, sim porque os feriados não me podem calhar só a mim, estava na praia, numa esplanada, com a distância de segurança a apanhar um solinho e a beber uma sangria de espumante e frutos vermelhos... e nas duas mesas ao lado, cada uma com duas pessoas, essas pessoas estavam agarradas ao telefone, nada de conversação nada de convívio... Não entendo!
Mas infelizmente contava que isto pudesse a acontecer... o já passou, o esquecimento rápido, o regresso às rotinas e o não valorizar aquilo que já era importante e que a quarentena devia ter reforçado ainda mais...
No escritório, é só ridículo algumas regras impostas... então... não podemos usar a copa para almoçar, mas podemos lá ir aquecer a comida, e devemos comer às secretárias... Há tanto de errado aqui que nem vou alongar... Tirem as vossas conclusões.
Nas rotinas de trabalho, já sentia falta dos colegas, trabalhar em casa para muitas pessoas deve ser muito solitário, como eu comunico com pessoas o dia todo não notei tanto. Mas o estar fisicamente com as pessoas senti falta. No entanto, era bem capaz de trabalhar de casa o resto da minha vidinha.
Andar de autocarros, aquele mito das lotações estarem reduzidas para metade, pois... é só mito porque o sr condutor parece o diabo à porta do inferno a deixar entrar, quantos mais melhor... todos de máscara de facto, mas a lotação não está a ser cumprida.
Andar de metro, tive que fazer a distinção entre metro e autocarro, porque aí de facto nota-se a diferença cada lugar de 4 praticamente vai só com uma pessoa e o volume de pessoas reduziu drasticamente.
Andar de transportes era o meu maior receio, escusado será dizer que desinfecto as mão quando passo o passe, quando entro, quando saio, quando entro novamente, no meio da viagem é a loucura do desinfectante das mãos. Mas pronto faz-me sentir mais segura.
Entretanto conheci a menina Choe Ting no youtube e temos tido uma relação de amor e ódio, adoro os resultados dos exercícios físicos dela, odeio os exercícios em si... quem a conhece sabe do que falo espreitem o youtube dela e os vídeos dela e depois contem-me se não acham a menina a personificação do demónio.
Portanto a minha vidinha segue "normalmente" se isso ainda se pode dizer, já comecei a ver os meus pais sogros amigos e afins... Já não aguentava não estar com eles.
Mas com a situação em Lisboa tão complicada temos tido muito cuidado ainda.
Acima de tudo é tentar manter a sanidade mental, respirar fundo (com máscara ou sem ela) e fazer coisas que nos fazem bem, comer bem, yôga, meditação, ler, cantar, dançar... o que funcione para vocês.
E por aí?
Como andam?
Marta
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